quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Você sabe o que é: alienação parental?




Alienação parental

Embora o vocábulo possa ser novidade para muitos, a legislação brasileira o contempla desde agosto de 2010, quando da publicação da Lei nº 12.318, que em vigor desde então, dispõe sobre a alienação parental.

Segundo o Instituto Brasileiro de Direito de Família, a alienação parental é uma forma de abuso psicológico que, se caracteriza por um conjunto de práticas efetivadas por um genitor (na maior parte dos casos), denominado alienador, capazes de transformar a consciência de seus filhos, com a intenção de impedir, dificultar ou destruir seus vínculos com o outro genitor, denominado alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa condição.

A interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente também pode ser promovida pelos avós ou por aqueles que tenham a criança ou adolescente sob a sua guarda. Igual é o resultado: promover o repudio pelo genitor alienado ou prejudicar o vínculo afetivo com o mesmo. O alienador pode levar a criança a sofrer uma completa aversão em relação ao alienado.  

É importante destacar que a alienação parental, prática reprovável e insensível, restringe-se às situações onde um dos genitores é injustamente atacado e impedido de ter contato com os filhos. De forma alguma se pretende acobertar pessoas violentas que podem colocar em risco a integridade física da criança ou da pessoa que detêm sua guarda. Independentemente do resultado negativo da relação havida entre os pais, a criança não merece ser privada do amor e do carinho advindos da parte que, desafortunadamente, não vive mais sob o mesmo teto.

Os homens, maioria absoluta entre as vítimas da alienação parental, comumente vêm sendo privados de conviver com os filhos. Muitas vezes a mãe, magoada com o término da relação, em abominável atitude, vinga-se do ex-cônjuge privando-o do contato com o filho. Não raras vezes há mudança de domicílio, sem notícias do paradeiro. Mesmo em menor número, mulheres também são vitimadas.

Repudio a exposição de qualquer indivíduo a toda espécie de risco à sua segurança. Quando me refiro ao sujeito alienado, vítima da alienação parental, sensibilizo-me com a triste situação de bons pais e de boas mães que desejam estar com os filhos e sofrem por não poderem brincar, abraçar e vê-los crescer. De bons homens e de boas mulheres que ficam durante meses impossibilitados de terem contato com seus filhos, por mero capricho do alienador.  

Os prejuízos psicológicos ocasionados pela alienação são contundentes, e poderão ser irreparáveis. A lei 12.318/10 exemplifica diversas formas de alienação parental, dentre elas: realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente;  mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 

O art. 3º da citada Lei alerta que “a prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda”. 

O alienado deve procurar auxílio junto à Vara de Família e Sucessões na Comarca de sua cidade e junto ao Conselho Tutelar. A alienação parental poderá ser constatada através de perícia psicológica ou biopsicossocial, requerida pelo juiz, que poderá tomar medidas desfavoráveis ao alienador, tais como, a determinação de acompanhamento psicológico, pagamento de multa, ou até mesmo perda da guarda.

Privar o filho do contato com um dos genitores sem justo motivo, por repulsiva vingança, é medida das mais cruéis e egoístas. Não é apenas o alienado que é atingido. A criança é extremamente prejudicada, quando impedida de receber todo o amor que transborda dos corações, tanto da mãe quanto do pai.

Jeandré C. Castelon
Advogado e membro da Pastoral Familiar


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No Jornal: Gazeta de Toledo

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O ROSÁRIO



  O Pai-Nosso e também a Saudação Angélica estão entre as primeiras manifestações de devoção dos fiéis cristãos. Desde os primeiros séculos de nossa Era são rezadas a oração que Cristo nos ensinou, bem como a saudação do Arcanjo Gabriel e a saudação de Santa Isabel, que juntas compõe a primeira parte da Ave-Maria.

Os monges, por volta do ano 800, recitavam todos os dias os 150 salmos do Saltério (Livro dos Salmos). Mas as pessoas da comunidade, com pouca ou nenhuma instrução, não sabiam ler. Um dos monges teve a ideia de ensinar ao povo o Pai-Nosso, que era repetido por 150 vezes, substituindo aos Salmos. Após, ensinou-os a Ave-Maria. Por diferentes motivos, era mais fácil memorizar as orações do que aprender a ler.

Assim nasceu, através dos monges, o Rosário, o “Saltério de Nossa Senhora”, a “Bíblia dos pobres”, com 150 Ave-Marias.

Somente em 1214 é que o rosário passou a ter forma e método como rezamos atualmente. Ele foi dado à Igreja por São Domingos de Gusmão (1170-1221), que segundo a tradição, recebeu das mãos de Nossa Senhora numa aparição particular, como meio de combater pecados e heresias, mas principalmente para mudar o mundo.

Segundo São Luís Maria Grignion de Monfort (1673 - 1716), foi São Domingos quem dividiu a vida de Nosso Senhor e de Nossa Senhora em 15 mistérios que lembram os fatos mais importantes da vida, paixão, morte e gloria de Jesus Cristo, tendo Maria como coadjuvante.

O rosário teve o formato definitivo estabelecido pelo Papa Pio V, no século XVI, que incluiu a meditação sobre os mistérios: gozosos, dolorosos e gloriosos. Em 16 de outubro de 2002 o Papa João Paulo II propôs a inclusão de uma nova categoria de mistérios: os luminosos; que se referem aos aspectos da vida pública de Jesus.

O rosário aparece em múltiplos momentos da vida da Igreja.

No afresco do Juízo Final, pintado por Michelangelo na Capela Sistina do Vaticano, duas almas aparecem sendo puxadas para o céu por um rosário. São as almas de um africano e de um asiático, mostrando a universalidade missionária da oração.

Em 12 de outubro de 1717, foi retirada do rio Paraíba uma imagem de Nossa Senhora com um rosário no pescoço. Três humildes pescadores a encontraram em Guaratinguetá, São Paulo. Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi reconhecida em 1929, Rainha e Padroeira do Brasil.

O Papa João Paulo II dizia que o rosário era a sua oração predileta: “Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade."

O Papa Bento XVI assim exortou: “Rezai o terço todo os dias! Deixai a Virgem Mãe possuir o vosso coração: confia-lhe tudo o que sois, tudo o que tendes! E Deus será tudo em todos...”

O Papa Francisco, em sua mensagem aos jovens na Lituânia, em junho de 2013, ensina que: “No rosário nós dirigimo-nos à Virgem Maria para que nos guie ruma a uma união cada vez mais íntima com o seu Filho Jesus, para nos conformarmos com Ele, para termos os seus sentimentos e para agirmos como Ele.”

A oração do rosário, grande coroa de rosas, agrada a Deus. Se assim não fosse, não seria rezado pelos Papas. Se assim não fosse, não haveria tantos milagres e graças alcançadas. Reze o terço! Você não estará sozinho nesta devoção!

Jeandré C. Castelon

Advogado e membro da Pastoral Familiar




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No Jornal: Gazeta de Toledo

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Meu corpo, minhas regras





Esse é o slogan da mais nova campanha abortista encabeçada por atores de fama nacional que atuam em telenovelas produzidas por uma grande emissora de TV. A um ou dois anos atrás a mesma emissora e outros atores, talvez não tão famosos assim, lançaram uma campanha a favor da legalização do aborto, alegando ser o tema tabu e que o “aborto seguro” (quando só o bebê morre) seria questão de saúde pública, visando proteger as mulheres. Mentira! O SUS enfrenta muitas dificuldades para oferecer o mínimo necessário para atender as necessidades dos cidadãos brasileiros. Legalizar o aborto significa retirar dinheiro da saúde pública que poderia ser investido em novos hospitais, maternidades, aumento do número de médicos, entre outras melhorias, e empregá-lo a favor de mulheres que decidirem por interromper a gravidez.

A campanha “meu corpo, minhas regras” também ofende os cristãos, pois ridiculariza a Bíblia e debocha de Maria, mãe de Jesus. Com certeza eles não sabem que mais de 86% da população brasileira se denomina cristã, segundo dados do IBGE. E como cristãos, não só por uma questão de fé, mas também por princípios morais, defendem a vida desde a concepção até a morte natural.

Assassinar bebês só porque a mãe e o pai não se preveniram das consequências advindas de uma relação íntima não é nem de longe a melhor atitude. Matar um embrião, um feto, ou um bebê, agir com essa frieza só porque ele ainda não fala, porque ainda não é capaz de se defender, é um grande absurdo.

Nota-se no mundo uma cultura de morte. Em alguns países a eutanásia ou o suicídio assistido é permitido. Um número ainda maior de nações permite o aborto em qualquer situação, bastando o livre desejo da mulher interromper a gestação.

Confesso que fiquei muito triste e preocupado com a referida campanha, e pelo que constatei pela internet a maioria das pessoas também não gostou. O vídeo de divulgação foi reprovado pela maioria esmagadora de pessoas que o assistiram, que ao final da exibição clicaram em “não curti”.

Imaginem, o dinheiro dos cidadãos brasileiros, sufocados com cada vez mais impostos, sendo usado para deliberadamente financiar o aborto. Não se deve esquecer a quantidade de pessoas que esperaram por um ou dois anos até chegar a vez de serem submetidos a uma cirurgia eletiva. Os abortos, se legalizados, precisariam ser realizados com a máxima prontidão, pois em nove meses a criança nasceria, e assim há a iminente necessidade de eliminá-la o mais rápido possível.

Ser mãe, poder gerar uma vida, é um dom maravilhoso reservado exclusivamente às mulheres. Conheço tantas famílias que lutam tanto para poder ter um filho biológico e não conseguem. Conheço também tantas mulheres que vitimadas por um aborto espontâneo, sofrem por longos anos, lamentando a interrupção involuntária da gestação.

Todos os seres vivos possuem dois instintos naturais básicos, que são eles: a alimentação e a reprodução. Interromper uma gestação de forma inadvertida não é só uma atitude cruel e desumana, afinal, uma vida é ceifada, é uma atitude que afeta negativamente toda a espécie humana, podendo até, acredito eu, colocar em risco sua existência.

Jeandré C. Castelon

Advogado e Membro da Pastoral Familiar


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Nos Jornais: Gazeta de Toledo / Umuarama Ilustrado / O Paraná (10.11.15)


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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Boa Morte?



De origem grega, a palavra eutanásia, em sentido literal significa “boa morte” ou “morte sem dor”.  Mas será mesmo?

A eutanásia, é definida como o procedimento pelo qual uma pessoa em estado terminal, ou portadora de doença incurável que esteja em sofrimento constante, seja auxiliada a morrer rapidamente e sem dor. No Brasil a legislação tipifica a conduta como crime de homicídio.

No mundo pelo menos cinco países permitem a eutanásia. A Holanda foi a pioneira e desde 2002 pessoas com total consciência, portadoras de doenças incuráveis e que padecem com dores consideradas insuportáveis, podem solicitar ajuda para interromper a própria vida. Logo depois, no mesmo ano, a Bélgica inovou e permitiu também que pessoas saudáveis pudessem deixar registrado o desejo de morrer, para o caso de que eventual doença as deixassem inconscientes.

Na Suíça e na Alemanha a eutanásia é proibida, contudo, o suicídio assistido é permitido, ou seja, a pessoa deve livremente realizar os procedimentos para sua morte sem ajuda direta de terceiro. A Suíça possui uma legislação ainda mais liberal que da Alemanha, permitindo que entidades orientem e ofereçam estrutura para a realização do mórbido procedimento, tornando o país famoso no mundo pelo “turismo da morte”. Pessoas de diversas nacionalidades viajam para a Suíça com o fim último de ceifarem a própria vida. Obviamente que o processo é oneroso e os pacientes desembolsam altas somas para poderem ter acesso ao procedimento fúnebre.

Em alguns estados Norte-americanos a eutanásia, quando possível a manifestação da vontade particular, é permitida.

Também não é raro nos depararmos com muitos casos de pessoas que recorrem à Justiça pleiteando o direito de desligarem os aparelhos que mantêm vivo um ente da família. Muitas vezes a solicitação é atendida. Nestes casos, acredito que não se trata mais do direito de morrer, mas sim, do direito de matar.

Inúmeras são as situações de pessoas que padecem de mal incurável e mesmo que em casos extremos, imóveis e prisioneiras dentro do corpo atrofiado e inerte, conseguem manifestar o desejo de viver, mesmo que somente através de pequenos movimentos do globo ocular. É comum a pessoa estar consciente, com a inteligência totalmente preservada. Há casos em que nenhum tipo de manifestação física seja possível. Imagine a sensação horrenda que alguém possa sentir quando escuta uma pessoa querida decidir que é chegada a hora de morrer sem poder fazer nada a respeito. Importante destacar que, pela fé e esperança, virtudes presentes na maioria dos seres humanos, em alguns casos, pacientes que estavam com os dias contados despertam e recobram a vida.

É relevante mencionar ainda, que na Alemanha nazista a eutanásia, mesmo em casos sem a anuência do paciente, foi responsável pela morte de milhares de pessoas consideradas incuravelmente doentes, bastando para tanto um exame médico neste sentido. Nessa época pessoas idosas, deficientes físicos e doentes mentais eram arrancadas de suas famílias e assassinadas. Essas pessoas eram consideradas improdutivas, não poderiam trabalhar e contribuir para o Regime. Defendia-se o dever de exterminar aqueles cujas vidas eram consideradas "indignas de serem vividas”.

Na realidade, as pessoas doentes ou com alguma deficiência precisam ser respeitadas e merecem tratamento digno. Devem ser amparadas para que possam ter uma vida com a qualidade tão normal quanto for possível.

Acredito que todo o esforço em defesa da vida humana deva ser empregado, desde a concepção até a morte natural. A vida é uma dádiva. Permitir a eutanásia ou o suicídio assistido é extremamente nocivo e perigoso, não só porque fere o direito natural à vida, mas também porque é impossível atestar a idoneidade moral de um carrasco.

Jeandré C. Castelon
Advogado e membro da Pastoral Família


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Nos Jornais: Umuarama Ilustrado / Gazeta de Toledo / Jornal o Paraná

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A alegria prolonga os dias



Quando ainda era estudante no segundo grau, hoje ensino médio, minha professora de história, que lamentavelmente não me recordo o nome, ensinou-me que na época da escravidão no Brasil (1530-1888), era comum os escravos morrerem de “banzo”.

A morte era a última e mais grave consequência causada pelo terrível processo psicológico sofrido pelos escravos, transportados como mercadoria dentro do porão dos navios, de um continente a outro em condições degradantes, e os que sobreviviam à torturante viagem, não encontravam melhor sorte quando forçosamente desembarcavam na nova pátria. No início o banzo se caracterizava por forte excitação, seguido de ímpetos de destruição, e depois de uma nostalgia e tristeza profundas, podendo culminar com a morte.

Embora eu não seja capaz de afirmar com absoluta certeza, possivelmente esses foram os primeiros casos de morte causadas por intensa tristeza de que temos registro aqui no Brasil.

A tristeza encurta nossos dias, enquanto a alegria os prolonga. Essa máxima faz parte do saber humano desde muito antes da Era Cristã. No Livro do Eclesiástico (30, 22-25), escrito aproximadamente 200 anos antes do nascimento de Jesus, encontra-se importante recomendação, que alerta sobre os perigos causados pelo sentimento de tristeza e enaltece a alegria: “Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida. Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti, pois a tristeza matou a muitos, e não há nela utilidade alguma.”

São Paulo quando escreve aos Tessalonicenses (5, 16-18) exorta à alegria. Pede que todos estejam sempre alegres e permaneçam em oração. Pede também que haja o que houver, sejamos sempre agradecidos a Deus. A alegria deve nortear a vida do cristão, mesmo que situações adversas tornem isso mais difícil. É claro que em alguns momentos da vida passaremos por circunstâncias de grande aflição, de angustia, de amargura, ou seja, momentos carregados de intenso sofrimento, situações que precisarão ser enfrentadas, suportadas e principalmente superadas. Faz parte da vida combater o bom combate, dia após dia, dando um passo de cada vez.

Acredito que até mesmo para ser feliz seja indispensável algum esforço, que deverá ser demandado durante toda a peregrinação terrena em busca da verdadeira alegria. Atualmente quantas pessoas sofrem com a depressão, que em casos extremos assim como o banzo, também pode levar à morte. Na vida há muitos obstáculos para a felicidade, mas nenhum deles é instransponível. Seguramente o que mais atrapalha é quando a pessoa condiciona sua alegria àquilo que ela não tem. A solução para superar a tristeza é encontrar a justa medida, e ser alegre com aquilo que se tem, na circunstância em que cada um se encontre, sem que isso signifique abandonar os sonhos e o anseio por melhores condições de vida.

Por maior que seja a dificuldade pela qual você possa estar passando, não desanime, com o tempo toda ferida se cicatriza, busque a alegria, não entregue sua vida à tristeza, seja feliz, você e sua família merecem.

Jeandré C. Castelon

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No Jornal: Jornal O Paraná, Gazeta de Toledo

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A importância do protagonismo do leigo na vida da Igreja




“[...] os leigos, dado que são participantes do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, têm um papel próprio a desempenhar na missão do inteiro Povo de Deus, na Igreja e no mundo. Exercem, com efeito, apostolado com a sua ação para evangelizar e santificar os homens e para impregnar e aperfeiçoar a ordem temporal com o espírito do Evangelho; deste modo, a sua atividade nesta ordem dá claro testemunho de Cristo e contribui para a salvação dos homens. E sendo próprio do estado dos leigos viver no meio do mundo e das ocupações seculares, eles são chamados por Deus para, cheios de fervor cristão, exercerem como fermento o seu apostolado no meio do mundo.” (Decreto Apostolicam Actuositatem, 2).

O leigo, fiel de Cristo, ou simplesmente cristão, não consagrado a vida sacerdotal ou religiosa, divide com o clero, papel fundamental de semear o Evangelho por todo o mundo. O leigo, inserido em cada um dos setores da sociedade, é desafiado a ser luz do mundo e sal da terra em todos os locais onde estiver, não só dentro do seio da Igreja.

Todo cristão desempenha papel de extrema relevância e importância. Assim, surgem por consequência grandes responsabilidades. Ideologias particulares e mundanas precisam ser deixadas de lado, em defesa da vida, da verdade e do bem comum.

Para lidar com as adversidades e desafios que por certo encontrará do decorrer da longa caminhada na estrada trilhada por Jesus Cristo, é necessário que o leigo construa sua casa sobre a rocha, como revela o Evangelho de Mateus (7, 24-27):

“Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.”

É Deus a rocha da salvação (Salmo 94, 1), e para melhor estar ligado a ele, aplicando-se cada vez mais no exercício das virtudes da fé, esperança e caridade, faz-se necessária a oração diária e leitura da Bíblia. Espiritualmente alimentado e forte, o fiel de Cristo suportará com ânimo renovado os percalços que inevitavelmente encontrará ao longo do caminho. 

Acredito que, primeiro, o protagonismo do leigo deve começar dentro de sua casa. Quando um lar é verdadeira Igreja Doméstica, espaço de fé e oração, as dificuldades para o fiel cristão ser Igreja fora dos ambientes eclesial e doméstico são suavizadas.

Todo batizado precisa ser de fato, sal da terra e luz das nações. Guiado pelo Espírito Santo, o leigo precisa contribuir para a evangelização, principalmente através de um frutuoso testemunho de vida.

Há distinção entre o sacerdócio ministerial recebido pelo Sacramento da Ordem, reservado aos Presbíteros e Bispos, e o sacerdócio comum do leigo, múnus recebido pelo Batismo. Entretanto, mesmo que cada um exerça diferentes funções, todos os membros da Igreja fazem parte de um só corpo: Jesus Cristo. É de extrema importância que o leigo “sinta-se Igreja” e contribua para a salvação de todo o povo de Deus.


Jeandré C. Castelon

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No Jornal: Gazeta de Toledo

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Ágape: amor, caridade, benevolência





               A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus, assim apregoa o parágrafo 1822 do Catecismo da Igreja Católica. Segundo o mesmo Catecismo, parágrafo 1813, as virtudes teologais, são infundidas por Deus na alma dos fiéis, fundamentando, animando e caracterizando o agir moral do cristão. Há três virtudes teologias: fé, esperança e caridade.

Na I Carta de São Pedro (4,8), o apóstolo nos aconselha a prática da caridade: “Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados”. Texto semelhante pode ser encontrado no capítulo 10, versículo 12, do Livro dos Provérbios.

São Paulo, quando escreve a I Carta aos coríntios (13, 1-13) utiliza o termo “ágape”, que traduzido do grego significa: amor, caridade, benevolência. Ágape é o amor afetivo, isento de conotação sexual, de segundas intenções, de malícia, de interesses pessoais. É a forma de amor mais inclusiva e abrangente possível. São Paulo, no referido texto, destaca que entre as virtudes teologais: fé, esperança e caridade; a última é superior às outras duas.

A Epístola de São Tiago, no capítulo 4, justifica a fé pelas obras. O autor é célebre ao afirmar que “a fé sem obras é morta”. Portanto, muitos são os exemplos bíblicos que aconselham a realização de obras de caridade.

No mundo, cerca de 1,3 bilhão de pessoas são católicas, e a Igreja a qual pertencem, segue dando exemplo, como a maior instituição caritativa do planeta. Segundo o “Anuário Estatístico da Igreja” publicado pela Agência Fides, a Igreja Católica administra no mundo 115.352 institutos beneficentes e assistenciais, sem contar que majoritariamente esses institutos se subdividem em inumeráveis sedes.

Presente em todos os continentes, a Igreja Católica mantém na Ásia: 1.076 hospitais; 3.400 dispensários, que são locais para tratamento de doentes com dificuldades econômicas, onde se oferece atendimento médico e medicamentos gratuitos; 330 leprosários; 1.685 asilos; 3.900 orfanatos; 2.960 jardins de infância.  Na África: 964 hospitais; 5.000 dispensários; 260 leprosários; 650 asilos; 800 orfanatos; 2.000 jardins de infância.  Na América: 1.900 hospitais; 5.400 dispensários; 50 leprosários; 3.700 asilos; 2.500 orfanatos; 4.200 jardins de infância. Na Oceania: 170 hospitais; 180 dispensários; 1 leprosário; 360 asilos; 60 orfanatos; 90 jardins de infância. Na Europa: 1.230 hospitais; 2.450 dispensários; 4 Leprosários; 7.970 asilos; 2.370 jardins de infância.

Não há dúvidas de que a Igreja Católica é exemplo para o mundo em matéria de caridade, na realização de obras que contribuem para com toda a raça humana, inclusive atendendo e prestando socorro a pessoas que não pertencem à mesma Igreja. É claro que muitos membros da Igreja se equivocam, são sujeitos falíveis, afinal são seres humanos, repletos de imperfeições, assim como qualquer pessoa, independentemente de pertencer ou não a uma denominação religiosas. Executa-se para os católicos, a infalibilidade do Papa em matéria de fé e moral, porque sobre tais temas, a manifestação do Pontífice é isenta de erro.

Acredito que, quando no dia do definitivo juízo, as boas obras que tenhamos praticado durante a vida darão testemunho a nosso favor. Contará de maneira positiva até mesmo o copo de água fresca dado a um pequenino, como fora dito por Jesus no evangelho de Mateus (10,42). Pois está escrito que as obras seguem os bem-aventurados que habitam com o Senhor, e descansam dos seus trabalhos (Ap. 14, 13).

Jeandré C. Castelon
Advogado e membro da Pastoral Familiar

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No Jornal: Gazeta de Toledo

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Perdoar o pecador é diferente de aprovar o pecado: o Papa Francisco e a questão do aborto



O dia 8 de dezembro de 2015, data em que se completa 50 anos de encerramento do Concílio Vaticano II, marca o início do jubileu extraordinário da misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco. O Ano Santo, dedicado à misericórdia, inicia-se na Solenidade da Imaculada Conceição (8 de dezembro) e transcorrerá até o dia 20 de novembro de 2016.

O Papa Francisco estabeleceu no dia 1º de setembro 2015 diversas formas em que será possível obter indulgências durante o referido Ano Santo. Entre as novidades, o Papa concede a todos os sacerdotes a faculdade de absolver o pecado do aborto. Repito: a faculdade (possibilidade), não a obrigação.

Essa notícia passou a ser divulgada em diferentes meios de comunicação, de forma distorcida. Destaco alguns títulos de jornais de circulação nacional: “Papa pede que, durante Jubileu da Misericórdia, padres perdoem o aborto”; “Papa comandará perdão em massa por aborto”; “Papa pede a padres para perdoarem aborto durante o Jubileu”; “Papa autoriza padres a perdoarem mulheres que fizeram aborto”; entre outros.

Não é a primeira vez que, maldosamente ou não, uma notícia vinculada ao Papa Francisco é mal interpretada, como se a Igreja estivesse mudando sua doutrina em assuntos relacionados à vida e à família. O aborto está previsto como crime tipificado no Código de Direito Canônico (cânon 1398), onde quem o pratica “incorre em excomunhão latae sententiae”. Ou seja, a excomunhão é automática, sendo reservada a absolvição e a reinserção como membro da Igreja, em regra, somente ao Bispo.

No Ano Santo, o Papa Francisco apenas amplia a todos os padres a possibilidade de remover esta grave pena canônica. Cabendo destacar que os padres não estão obrigados a dar a absolvição, é uma faculdade. Também importante salientar que o Catecismo da Igreja Católica (CIC 1480), estabelece requisitos para se receber o Sacramento da Penitência (confissão), onde o fiel deve reconhecer que cometeu um pecado, estar arrependido, e cumprir a penitência estabelecida pelo confessor. Além disso, importante é o propósito pessoal de mudança de vida, renunciando ao pecado. Algumas pessoas que praticaram o aborto poderão não receber a absolvição, por exemplo, quando se constate a inexistência de arrependimento.
 
O Papa Francisco destacou que “perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa.". Isso quer dizer que Deus acolhe o pecador arrependido, embora abomine o pecado. Perdoar o pecador é diferente de aprovar o pecado.

Quando o fiel recebe o perdão pelas faltas cometidas, apaga-se todas as manchas do passado. A vida segue com um novo recomeço, Deus concede uma nova oportunidade de se alcançar a santidade.

Portanto, a misericórdia divina não deve ser entendida como uma permissão tácita para a prática do pecado. Também o fato do Papa estender durante determinado período a possibilidade dos padres absolverem o penitente que praticou o aborto, expandindo e facilitando o acesso à confissão, não quer dizer que o aborto seja aceitável. Pelo contrário, a Igreja defende a fundamental e incondicional defesa pela vida, desde a concepção até a morte natural. Aborto continua sendo crime previsto tanto na legislação canônica, quanto na lei civil.

Jeandré C. Castelon

Imagem: http://migre.me/rpPuN
Nos Jornais: Umuarama Ilustrado / Gazeta de Toledo

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O casamento, os filhos e o cachorro




Infelizmente, digo com verdadeiro pesar, tenho recebido notícias de muitos casais jovens que, ou estão a ponto de uma separação ou já se separam. É triste, principalmente para as crianças, que normalmente ficam sob os cuidados da mãe e diminuem consideravelmente o contato com o pai. Certo que numa situação de separação dos pais, os filhos são os maiores prejudicados.

É bem verdade que existem os que ainda não tiveram filhos. Há aqueles que terão que disputar a guarda do cachorro, até porque, no Brasil, assim como em outros países (principalmente os mais ricos), nos lares, o número de cães já supera o número de crianças.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) coletados em 2013, mas somente processados e publicados em 2015, de cada cem famílias, 44 possuem cachorros e somente 36 têm crianças até doze anos de idade. Destaca-se que esta estatística diz respeito apenas aos cães, pois, se considerado os gatos e outros animais a diferença é ainda maior.

A diminuição dos índices de natalidade e o aumento da presença de animais de estimação já são comuns em muitos países, onde as mulheres em busca do sucesso profissional, entre outros fatores, preferem um número menor de filhos, ou até mesmo nenhum.  Outras mulheres, simplesmente temem destruir sua beleza física em razão da maternidade.

Acredito que os filhos, principalmente entre os casais mais jovens, não têm sido motivo suficiente para a manutenção do casamento. Mas é um sinal de que os valores familiares precisam ser resgatados. Não dá mais para viver acreditando que tudo é substituível ou pode ser descartado.

A ausência de filhos, por outro lado, talvez contribua para facilitar a dissolução da união conjugal. É mais fácil descartar apenas o companheiro sem precisar manter a dura tarefa (porém muito gratificante) de permanecer como responsável pela criação dos filhos.

A sociedade precisa de casais modelos, que inclusive gerem filhos, até para a manutenção da espécie humana. Estatísticas apontam que a taxa de natalidade no Brasil vem despencando a cada ano, o que preocupa inclusive os economistas, que calculam prejuízo no crescimento econômico.

A preservação dos casamentos é de extrema importância, não só para as famílias de modo particular, mas também para toda a sociedade. Casais bem resolvidos e felizes gerarão filhos confiantes e igualmente felizes, com melhores condições de superarem as adversidades. Então, para aqueles que ainda não se sintam verdadeiramente capazes de construírem uma família e lutarem a cada dia para a sua manutenção, é melhor que fiquem solteiros, pelo menos durante um período necessário até que atinjam o indispensável amadurecimento.

Seria maravilhoso se todos os casais passassem a consertar o que está roto, compreendendo que muitas coisas só precisam de algum pequeno reparo. Que não há necessidade de descarte ou de substituição. Que a família é para sempre. Que não se destrói uma família para começar outra.

Paciência e carinho são doses necessárias para a manutenção da relação. Também é imprescindível que cada cônjuge lute pela felicidade do outro, certo que assim, ambos serão felizes e diminutas as separações. E principalmente, que se aprimore o desejo mútuo de querer permanecer unido à pessoa amada, haja o que houver. Afinal, amor é decisão!

Jeandré C. Castelon
Imagem: http://migre.me/riTfl
Nos Jornais: Gazeta de Toledo / Jornal Hoje 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Família: vida e missão da igreja doméstica


O Papa Francisco, numa catequese sobe o matrimônio em abril de 2015, destacou que Jesus dá início aos seus milagres numa festa de casamento.  Jesus salva a festa! Desta forma Jesus nos ensina que a obra-prima da sociedade é a família: o homem e a mulher que se amam!  Essa é a obra-prima!

Hoje, que cada casal também convide Jesus para participar do seu matrimônio, e que quando surgirem os imprevistos, enfrentando qualquer problema, seja confiante como foi Nossa Senhora, quando disse aos serventes “fazei tudo o que Ele vos disser”. Maria, que é exemplo de fé, sempre confiou, com infinita certeza, que Jesus vem em socorro às dificuldades de cada casal. Quando deixamos Jesus participar da festa, bebemos do melhor vinho, que é incomparável. 

Na primeira Carta aos Coríntios São Paulo compara a Igreja com o corpo humano. Onde Jesus Cristo é a “cabeça”, portanto, é a parte principal. O corpo é a Igreja, onde cada membro, diferente um do outro é responsável por uma função específica. O corpo somos nós. O corpo só funciona bem, quando todos os membros também funcionam bem. Isso quer dizer que a participação de cada membro da comunidade é importante, independente da tarefa que realize.

Ainda, não existe corpo sem cabeça, assim como não existe Igreja, sem Jesus Cristo. A igreja somos todos nós, e mesmo que não nos demos conta a todo instante, Cristo está conosco.

Na Igreja também aprendemos valores que nos acompanharão por toda a vida. Na participação das catequeses, grupos de jovens, pastorais, e tantos outros movimentos, que nos ensinam a ser família, vivenciando experiências junto com outras famílias, que também passam a fazer parte da nossa história.

É importante destacar que a Igreja surgiu em comunidades, que embora pudessem estar inseridas dentro de grades cidades, inicia com pequenos grupos de pessoas, que se reuniam em suas casas, para a proclamação da palavra e para a partilha do pão, entre os que já fossem batizados. Em diversas passagens de suas cartas, São Paulo deixa claro que a Igreja começa dentro das casas. Ainda hoje, em locais onde cristãos são perseguidos (inclusive correndo risco de morte), reúnem-se escondidos dentro de suas casas, ou até mesmos dentro de buracos cavados na terra, mas ainda assim se reúnem.  

Portanto tudo começa dentro de casa. O lar deve ser uma verdadeira Igreja doméstica, que também em nossos dias, precisa ser resgatada. A Igreja doméstica pressupõe a existência de uma família, que mesmo não estando, por motivos diversos, constituída de forma ideal, precisa ser lugar de formação.

É importante que os pais, tios, avós, ou quem forem responsáveis, sejam os primeiros catequistas das crianças. Que caminhem sendo exemplos, mesmo com tantos defeitos, lutem para que cada dia seja melhor que o dia anterior. A caminhada é longa e deve ser constante, mas quando olhamos para trás, percebemos que, talvez distantes ainda daquilo que Deus quer para nós, já não somos mais como éramos antes.

As casas precisam ser lugar de oração, lugar de leitura da Palavra de Deus. Como disse o Papa Francisco: “A fé para ser sã e forte deve alimentar-se constantemente da Palavra de Deus.”.

Na família onde há oração, onde a Palavra de Deus se faz presente, existe paz, existe maior concórdia. E os problemas, quando chegarem serão enfrentados e superados de modo muito especial, pois somos amparados pela Misericórdia de Deus.

Que as crianças em cada lar possam presenciar os pais rezando juntos, ao invés de testemunharem brigas e discórdia.

Que cada lar, possa de fato ser uma verdadeira Igreja doméstica. Que a formação do cristão se inicie dentro de casa, para que quando chegue à Igreja, a formação seja apenas aperfeiçoada e complementada.

Essa responsabilidade cabe aos pais ou responsáveis, que precisam ensinar às crianças o caminho que eles devem seguir, pois assim está escrito do Livro de Provérbios (22, 6): “Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar.”.

Acredito que muitos já ouviram uma frase do saudoso São João Paulo II, que disse: “O futuro da humanidade passa pela família!”

Se tivermos uma boa formação que se inicie dentro da família, se de fato nossas casas foram verdadeiras Igrejas Domésticas, teremos melhores cidadãos. Certamente, surgirão muito mais jovens vocacionados ao sacerdócio ou à vida religiosa, bem como teremos melhores cidadãos, profissionais em todas as áreas, inclusive melhores políticos.

Lutemos pelas nossas famílias, independente da condição em que elas estejam! Sejamos cada um de nós fermento, que mesmo proporcionalmente pequenino comparado a todos os outros ingredientes, atinge toda a massa, fazendo crescer de maneira a modificar toda a estrutura. 


Que Deus abençoe a cada um de nós, que Deus abençoe as famílias!

Jeandré C. Castelon



No Jornal: Gazeta de Toledo


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