sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Viver em família o amor no dia a dia

  

Como estamos vivendo dentro de nossas famílias a prática e a vivencia do amor no dia a dia? 

 

Na construção de um lar é fundamental que Deus esteja presente, que Deus seja a “rocha”, que a base da família esteja sustentada sobre as benções de Deus, “porque não há riqueza neste mundo que possa substituir as bençãos de Deus”. 

 

Precisamos ter em conta que os filhos são sinais das bençãos do Senhor. Os filhos exigem responsabilidade, eles precisão de atenção e desejam a presença dos pais.

 

Os jovens precisam ter boas influências dentro de casa. É importante que o casal deixe transparecer toda a beleza que envolve o matrimônio.

 

Os idosos merecem especial atenção, não podem ser tratados como objetos descartáveis.

 

Cultivar pequenos gestos de carinho em família é muito importante, não só para os filhos, mas para todos os membros da família: desejar bom dia e boa noite, abraçarem-se, rezarem juntos antes de dormir, realizar uma pequena oração em família antes do almoço de domingo, pequenos gestos de carinho que fazem toda a diferença.

 

 Nunca nos esqueçamos que toda família é projeto de Deus. Iniciar uma família excluindo os valores do Reino de Deus é o mesmo que edificar uma casa sobre a areia, chegará um dia que ela desabará.

 

É fato também que as famílias precisam lidar com situações difíceis. Toda família em algum momento de sua história terá dificuldades a enfrentar. Não podemos fechar os olhos para os problemas, que com a graça de Deus, serão suportados e superados.

 

É preciso que lutemos para que a cada dia tenhamos uma convivência mais harmoniosa. Nós somos o que somos, mas isso não nos impede te tentarmos melhorar, cada um tem os seus defeitos, mas é importante darmos mais atenção para as qualidades que cada um possui.

 

Viver o amor em plenitude na família vai nos tornando pouco a pouco pessoas mais amáveis. Por vezes, para viver esse amor, nos é exigido renúncias, as vezes é preciso ceder em determinadas situações, é fundamental procurar evitar o orgulho e a arrogância.

 

Já imaginou que bonito, se dentro de casa, cada um tratasse o outro como gostaria de ser tradado, ou ainda melhor, se tratasse o outro da mesma forma como Jesus o trataria.

 

Jeandré C. Castelon

Advogado, bacharel em Teologia, membro da Pastoral Familiar

 

 

Fonte bibliográfica: HORA DA FAMÍLIA: celebrações para Semana Nacional da Família, Volume 25, ISSN 2317-2088, Brasília, DF: CEPVF/CNBB, 2021.


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sexta-feira, 14 de maio de 2021

Brasil: um país de desiguais


 O município de Cascavel-PR é conhecido pelas ofertas de empego que se sobressaem, isso se deve principalmente pelo grande número de cooperativas instaladas em nossa região, tanto é que há na cidade um expressivo número de trabalhadores estrangeiros – notadamente haitianos e venezuelanos –, assim como muitas pessoas do norte e nordeste do Brasil, que vêm em busca de melhor condição de vida.

 Frequentemente converso com esses trabalhadores, oriundos de outros países e também brasileiros. Habitualmente buscam orientações, não sabem como proceder em determinados casos. Desejam informação. A maioria tem a sua Carteira de Trabalho assinada pela primeira vez.

 Dentre tantos personagens, gostaria de dividir a história de um deles. Uma história real, como a de tantos outros brasileiros. A nossa protagonista será chamada pelo nome de “Maria” (sua verdadeira identidade está preservada).

 Maria chegou à Cascavel vinda do interior do Nordeste meses antes da pandemia do COVID-19, quando estava perto de completar 40 anos de vida. Veio para trabalhar no comércio da cidade. Carteia de Trabalho registrada, remuneração ligeiramente superior ao salário mínimo federal, férias de trinta dias após 12 meses de trabalho, décimo terceiro salário, fundo de garantia por tempo de serviço, pela primeira vez na vida laborou tendo assegurados os direitos mínimos garantidos a qualquer trabalhador formal.

 Na sua cidade natal os empregos surgem de forma sazonal, normalmente durante três ou quatro meses do ano, e o salário, sem qualquer espécie de benefício, fica em torno de R$ 600,00 por mês. Não “existe” direito trabalhista, a pobreza e as dificuldades são gigantes, o patrão, exceto em alguns casos, é somente um pouco menos pobre do que o trabalhador contratado.  

 Quando sua mãe ficou doente, e sob forte angustia e preocupação, não só pela grande distância que as separava, bem como pela inquietante epidemia que aflige todo o país, Maria prontamente vendeu os poucos móveis que conseguiu adquirir, colocou todos os seus bens restantes em bolsas e caixas de papelão, e dentro de um ônibus cruzou o Brasil retornando ao seu lar.

 Maria está muito feliz, a saúde da mãe é estável. Como sempre foi uma excelente trabalhadora, já está empregada. Sua Carteira de Trabalho não será anotada, não terá recolhido o fundo de garantia por tempo de serviço, o décimo terceiro salário, se o patrão puder pagar, ficará limitado a apenas uma pequena gratificação próxima do Natal, não se cogita a hipótese se férias remuneradas, terá um dia de folga a cada duas semanas (o bom é que será aos domingos), trabalhará das 08hs às 19hs, com intervalo de uma hora para almoço, nada receberá a título de horas extras, seu salário mensal é de R$ 800,00. Para os padrões locais, o empego é excelente! Imagine seu pai, sua mãe, seu filho, ou você trabalhando sujeito às mesmas condições.

 Hoje Maria já passou dos 40 anos, quando completar 62 anos, isso se a idade mínima para a aposentadoria da mulher não for ampliada, precisará ter contribuído para a Previdência Social por no mínimo 15 anos (os homens precisam ter no mínimo 20 anos de contribuição e 65 anos de idade), o que possivelmente não irá acontecer. Mesmo que tenha trabalhado desde a infância, o único período em que Maria “existiu” formalmente para o mercado de trabalho, foi durante o tempo em que esteve atuando no comércio de Cascavel. Será que a Maria algum dia conseguirá se aposentar?

 Essa é só mais uma das histórias que se passam em nosso dia a dia, como tantas outras igualmente penosas, sem que tomemos conhecimento. Quem sabe além de mim você também tenha se deparado em algum momento com a Maria, seja no local onde ela trabalhou ou quando caminhava pelas ruas de nossa cidade. 

Jeandré C. Castelon
Advogado, bacharel em Teologia, membro da Pastoral Familiar
 

Imagem: https://bityli.com/NsPtn


domingo, 14 de março de 2021

Quem é Jesus para os judeus?


Para os judeus, Jesus foi um grande homem, um grande mestre que pregou ensinamentos universais (muitos acreditam que ele foi um profeta, assim como João Batista).

 

Os judeus não acreditam que Jesus é o Messias (o ungido de Deus), o Salvador dos homens. Também não o reconhecem como “filho de Deus”, bem como não creem que Jesus é Deus (não reconhecem sua natureza divina), com o Pai e o Espírito Santo.

 

Os judeus não rejeitam os ensinamentos de Jesus sobre Deus.

 

É importante frisar que Jesus era judeu, nascido de mãe judia. Era chamado de "rabino" (mestre), ensinava nas Sinagogas e frequentou o Templo de Jerusalém.


Por outro lado, muitos judeus creram que Jesus é o Messias, e se converteram, e daí já não foram mais reconhecidos como judeus, mas sim como cristãos. Sem sombra de dúvidas, o maior exemplo é o de Paulo, que de maior perseguidor dos cristãos passou a ser o maior propagador do cristianismo.

 

Na Bíblia a palavra “cristão” aparece apenas 3 vezes:

 - Atos 11,26, quando pela primeira vez os membros da Igreja primitiva foram chamados “cristãos” em Antioquia.

 

- Atos 26, 28; e

 

- 1 Pedro 4, 16.




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