segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Mês da Bíblia 2020 - Setembro mês da Bíblia

 

A Bíblia aparece cheia de famílias, gerações, histórias de amor e de crises familiares, desde as primeiras páginas onde entra em cena a família de Adão e Eva, como seu peso de violência, mas também com a força da vida que continua (cf. Gn 4), até às últimas páginas onde aparecem as núpcias da Esposa e do Cordeiro (cf. Ap21, 2.9)”... é assim que o Papa Francisco inicia o Capítulo Primeiro, que é todo dedicado às Sagradas Escrituras, da Exortação Apostólica Amoris Laetitia, sobre a “Alegria do Amor”.

 

Setembro é o mês em que a Igreja celebra a Palavra de Deus: é o mês da Bíblia. E em 2020 o livro especialmente escolhido para estudo é o livro do Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão para teu irmão” (Dt 15,11).

 

Segundo o Frei e ilustríssimo teólogo Carlos Mesters as passagens constantes no Livro do Deuteronômio são citadas 200 vezes no Novo Testamento, é, a toda evidência, o livro veterotestamentário mais mencionado na Bíblia pelos hagiógrafos neotestamentários.

 

De fato, há passagem bíblicas mais edificantes que outras, há textos que são mais prazerosos de serem lidos do que outros, de todos os modos relacionar-se com a Palavra de Deus é fundamental para o cristão.

 

A Bíblia relata os acontecimentos que vão desde o surgimento da humanidade (de forma catequética),  percorre o caminho dos patriarcas (Abraão, Isaac e Jacó), passa pelo período das tribos, dos juízes, pelos reinados de Saul, Davi e Salomão, pela divisão do reino (Reino do Norte: Israel – Reino do Sul: Judá), pelas deportações, primeiro do Reino do Norte para a Assíria e depois do Reino do Sul para a Babilônia; conta-nos ainda sobre o retorno do povo à terra prometida, sobre a  reconstrução do Templo e dos muros da cidade de Jerusalém, bem como fala da vida e glória de Jesus Cristo, e do desenvolvimento das primeiras comunidades cristãs. Os livros sapienciais são importantes para a reflexão e o fortalecimento da fé (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico).

 

Concluo trazendo a lume um pequeno trecho inspirador contido no parágrafo 25 da Constituição Dogmática Dei Verbum, que trata da Revelação Divina, onde diz: ... Debrucem-se, pois, gostosamente sobre o texto sagrado, quer através da sagrada Liturgia, rica de palavras divinas, quer pela leitura espiritual, quer por outros meios que se vão espalhando tão louvavelmente por toda a parte, com a aprovação e estímulo dos pastores da Igreja. Lembrem-se, porém, que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem; porque “a Ele falamos, quando rezamos, a Ele ouvimos, quando lemos os divinos oráculos” (Santo Agostinho).


Jeandré C. Castelon

Advogado, teólogo e membro da Pastoral Familiar.

 

 


 

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