terça-feira, 28 de abril de 2015

Estão faltando abraços e mais 4 doses de carinho para um casamento feliz


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Tenho ouvido inúmeros casais narrarem problemas em seus relacionamentos. Pessoas com e sem filhos, com pouco ou com bastante tempo de matrimônio. O que está acontecendo? O que está faltando para que possam ter um relacionamento de complementaridade e serem felizes.

Dos relatos que tomo conhecimento, percebo que na maioria absoluta dos casos está faltando carinho, afeto e diálogo. Os casais não se abraçam, não estão mais trocando carícias e beijos. Permanecem por meses em se tocarem, sem se relacionarem intimamente. Está faltando sentir o cheiro um do outro. Também é preciso conversar, compartilhar as experiências, sejam boas ou ruins. O casamento é muito mais que um simples contrato de partilha de bens e divisão de despesas. É entrega-se para fazer o outro feliz.

Isso mesmo, casar é pelejar pela felicidade do companheiro (e vice-versa). Se alguém se une a seu cônjuge buscando a própria felicidade, já começa com o pé esquerdo. Pois, como dito, o segredo está em fazer o outro feliz. E assim, cada um buscando a felicidade do parceiro, funcionará o casamento.

Muito importante é querer estar junto. Se isso é um problema é imprescindível batalhar para superá-lo. 

Obviamente que problemas do dia a dia podem influenciar negativamente as relações, principalmente os financeiros. Perverso é o modelo consumista em que vivemos, onde se impõe gastos de altas somas até mesmo antes de celebrada a união conjugal. É vestido, terno, buffet, flores, músicos, decoração e tantas outras convenções sociais, que não raras vezes deixam o mais importante em segundo plano: a felicidade do casal. Muito comum é começarem a vida a dois perdendo o sono e a paz pelo ensejo das dívidas geradas em razão de gastos desmedidos.

Permitam-me quatro sugestões para ajudar o relacionamento, quatro pequenas pílulas para que cada um deseje estar cada vez mais perto um do outro:

Primeira: sempre, sempre mesmo, quando se encontrarem no decorrer do dia beijem-se, e claro, tem que ser beijo na boca. Não importa se se encontram repetidas vezes ao longo do dia, o beijo deve ser trocado em todas as ocasiões.

Segunda: nunca, nunca mesmo passem um dia sequer sem trocarem um abraço, bem apertado, bem gostoso, e que dure ao menos alguns segundos, para dar saudade e vontade de repeti-lo o mais breve possível. Tantos problemas poderiam ser evitados com simples abraços. 

Terceira: elogiem-se. Diga o quanto ela é lida; como ele é importante para você; quão feliz você é quando estão juntos; como é grande o amor que sente; que é feliz por estarem juntos; e o “eu te amo” não pode faltar. 

Quarta: não se esqueçam de cheirar o companheiro, aquela bela e profunda cheirada de cangote, como é bom.

Essas quatro pequenas atitudes transcendem o casamento e também são importantes na relação entre pais e filhos. Beijo, abraço, elogio e "cheirinho", acompanhados de diálogo, são pequenas doses de carinho, capazes de evitar e curar feridas.

Afirmo com toda convicção estão faltando abraços. Se os casais se abraçassem e se abrasassem mais, muitas separações teriam sido evitadas. Então, sem perder tempo, deixando para trás eventuais resquícios de orgulho e mágoa, comessem já. Sem medo algum, sejam de fato apenas um e se amem mais.


Jeandré C. Castelon

Imagem: http://favim.com/image/340777/  - Acesso: 28.04.2015.


sábado, 25 de abril de 2015

É permitido comungar mais de uma vez no mesmo dia?


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Antes de tudo, vejamos quais são os cinco preceitos da Igreja:

1.    Participar na Missa, aos domingos e festas de guarda.

2.     Confessar os pecados ao menos uma vez cada ano.

3.     Comungar o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa.

4.     Guardar a abstinência e jejuar nos dias determinados pela Igreja.

5.    Contribuir para as necessidades materiais da Igreja, segundo as possibilidades.

Observando-se os “mandamentos da Igreja”, verifica-se que pouquíssimo  é exigido dos fieis. O católico somente estaria obrigado a comungar, caso não haja impedimento, uma vez por ano. Então, não há pecado algum em ir à Missa semanalmente e não receber a Eucaristia. Enquanto que, faltar à Missa dominical e nos dias de guarda é considerado pela Igreja pecado grave (quando há plena consciência e anuência livre ao erro).

Também, o fiel não é obrigado a frequentar mais que 1 Missa aos domingos (ou na noite do sábado precedente), e pode, por opção pessoal, comungar em apenas 1 Celebração Eucarística, caso decida por participar de várias celebrações durante o mesmo dia. Neste, comunga-se uma vez em espécie (pão e/ou vinho) e as outras vezes de forma “espiritual”.

O Código de Direito Canônico, no cânon 917 estabelece que:

Cân. 917 — Quem tiver recebido a santíssima Eucaristia pode voltar a recebê-la de novo no mesmo dia, mas somente dentro da celebração eucarística em que participe, salvo o prescrito no cân. 921, § 2.

O Cânon 921, § 2, trata de situação de “perigo de morte”, quando neste caso, mesmo que o fiel já tenha comungado na Missa, recomenda-se que comungue de novo. 

O Código de Direito Canônico nos ensina que é permitido comungar 2 vezes por dia, desde que, durante a participação da Missa. Uma 3ª vez, somente seria recomendada no caso de perigo de morte (Cânon 921, § 2).

Antes de promulgação do atual Código de Direito Canônico em 25.01.1983,  era restrito ao fiel comungar apenas 1 vez por dia.


Apenas o sacerdote é obrigado a receber a Santa Comunhão em cada Missa que celebra.




quarta-feira, 22 de abril de 2015

Abraão, o pai de três religiões: Shalom! Salamaleico! Paz!



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Tenho um colega, que depois de uma longa, mas não enfadonha conversa, tornou-se meu amigo. Falamos sobre Jesus, e sobre a Bíblia. Eu sou católico e ele é evangélico. Em nenhum momento da conversa falamos de nossas diferenças, em nenhum momento da conversa tentamos atrair um ao outro para a igreja onde congregamos.

Durante todo o tempo só falamos daquilo que nos une. Sem ofensas. Sem proselitismo. E assim deveria ser sempre, como todas as pessoas de diferentes denominações religiosas.

No mundo todo, mais de oito em cada dez pessoas declaram pertencer a algum grupo religioso (84% da população mundial). Isso é resultado de um levantamento demográfico global em mais de 230 países e territórios realizado pelo Fórum do Centro de Pesquisas Pew sobre Religião e Vida Pública. Segundo esta pesquisa, no mundo, existem 2,2 bilhões de cristãos, 1,6 bilhões de muçulmanos, 1 bilhão de hindus, quase 500 milhões de budistas e 14 milhões de judeus (e, aproximadamente 460 milhões de pessoas praticam outras religiões).

Embora os judeus sejam menos de 1% da população mundial, junto com os cristãos e muçulmanos, compõem as três maiores religiões monoteístas do mundo, somando mais da metade da população mundial.

Interessante é que, tanto o cristianismo, islamismo e judaísmo têm o mesmo Patriarca: Abraão. Os judeus e também os cristãos descendem de Isaque, filho de Abraão. Os muçulmanos são descendentes de Ismael, também filho de Abraão.  

Outro dado interessante é que as pessoas que pertencem a estas três religiões, pelo menos nos ambientes de celebração, cumprimentam-se desejando “paz”. Os judeus dizem “Shalom”, os muçulmanos “salamaleico”.

Como dito, a maioria absoluta da população mundial possui uma mesma veia religiosa, tem o mesmo pai, e todos desejam a paz. Entretanto, qual é o motivo para que todos não vivam em harmonia?

Certamente que a maior limosidade religiosa paira sobre os muçulmanos e judeus, entre Palestinos e Israelitas. Os cristãos por várias partes do mundo também sofrem perseguições.

Católicos e protestantes têm muito mais semelhanças que diferenças, todos são cristãos. Ambos crêem em Deus Pai, em Jesus e no Espírito Santo.

Talvez seja a mais absurda das utopias, mas, gostaria que no mundo todo, as pessoas pudessem viver de forma digna, em absoluta paz, sem que ninguém fosse perseguido por causa de diferenças, sem que ninguém fosse incomodado por causa de sua fé.  Que um ser humano tratasse verdadeiramente o seu próximo como um irmão. Que mais pessoas, como eu e meu amigo protestante, pudessem dialogar em paz, e estreitar os laços de amizade. Afinal, viemos todos de um mesmo lugar, e quando terminar nossa peregrinação na Terra, também todos passaremos pela mesma experiência. Não existe maior igualdade possível entre os homens, do que no nascimento e na morte, então não há motivos para nos tratarmos com indiferença e desigualdade. Paz!


Jeandré C. Castelon


No jornal:
http://www.gazetatoledo.com.br/NOTICIA/15583/SHALOM_SALAMALEICO_PAZ#.VTjgPCFViko

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Em perfeita companhia


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Numa noite dessas, minha esposa e eu lemos o trecho da Bíblia que descreve a criação da mulher (Gênesis 2,18-24). Não há, obviamente, como determinar se o relato da criação tenha sido literalmente da maneira como ali escrito. A Bíblia não é um livro comum de história como com os quais estudamos na escola, é um livro de religião. E o mais importante, é a mensagem e a forma como nosso coração reage quando é tocado pela transformadora Palavra.

O Texto Sagrado conta que primeiro Deus fez o homem e após todas as outras criaturas. Mas percebeu que o varão não encontrava companhia adequada, em meio a toda a criação. O homem foi tomado de um profundo sono, mandado por Deus, que, retirou-lhe uma costela, e a partir dela fez a mulher.

Quando o homem vislumbrou a mulher, sem sobra de dúvidas, ficou extremamente feliz, afinal era “osso de seus ossos e a carne de sua carne”. Ou seja, era semelhante a ele, embora repleta de inefáveis diferenças.

Homens e mulheres não são de forma alguma iguais. Eu não seria capaz de asseverar tamanho disparate. Quando na realidade são seres muito diferentes. Exceto perante a sociedade civil, quando devem fruir dos mesmos direitos, oportunidades e obrigações.

Sublime é saber que tudo que o homem não tem é suprido pela mulher, e da mesma forma a mulher se completa com o homem. Não falo só de distinções físicas, mas de toda uma perfeita gama de disparidades tão heterogêneas, que somente pela mão do Criador poderiam ter sido feitas.

No mesmo fragmento do texto, revela-se a instituição do casamento: “Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.”

Assim, esses dois seres até então incompletos, após a união conjugal, suprem-se um ao outro, preenchendo as carências e debilidades da cada um (ou pelo menos assim deveria ser), pois agora unidos, são intensos e inexcedíveis.

Tenho certeza, se com minha esposa somos apenas um, a minha melhor parte é ela. E, quando terminamos a leitura daqueles parágrafos do Gênesis, agradeci a Deus, por ter-me dado tão irretocável companheira.       

Concluo parafraseando Matthew Henry (1662-1714), relevante escritor, que assim se referiu sobre a criação de Eva: "não foi feita a partir da cabeça do homem, para não ter domínio sobre ele, nem foi feita de seus pés, para que não fosse pisada por ele, mas, do seu lado, para ser de igual valor a ele, debaixo de seus braços, para ser protegida e perto de seu coração, para ser amada".


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Menores infratores

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A estatística contraria os argumentos lançados pelos defensores da diminuição da maioridade penal para 16 anos. Dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça revelam que os menores de 16 a 18 anos (faixa etária que seria atingida pela possível redução da maioridade penal) cometem menos de 1% dos crimes praticados no Brasil. Considerando-se apenas os crimes contra a vida, o percentual cai para 0,5%.

Os crimes mais praticados por menores são roubos e furtos. De acordo com informações do Conselho Nacional de Justiça, a maioria dos adolescentes, 47,5%, comete o primeiro crime entre os 15 e os 17 anos. E 9% começam ainda na infância, entre os 7 e os 11 anos de idade. O que mais chama a atenção é que 60% dos menores infratores não estudavam na época que cometeram o primeiro crime, e 75% usavam drogas. 

Pela análise dos dados, chega-se a conclusão de que o governo precisa investir mais em educação, cultura, esporte e lazer, para que as crianças tenham chance de um futuro melhor, livre da violência e principalmente livre das drogas, que escravizam e matam jovens e adultos.

Se a criança passasse mais tempo na escola, inclusive realizando atividades em contraturno, se tiver uma boa estrutura familiar (daí a importância fundamental do resgate de valores familiares), passará menos tempo na rua, e será diminuta a chance de ser vítima do assédio de criminosos, que usurpam sua infância, usando-as como “escudo” para o crime.

Também não se pode olvidar que o sistema penitenciário brasileiro está longe de ser modelo de reabilitação e restauração de pessoas. Pelo contrário, a reincidência criminal no Brasil é de 70%, uma das mais altas do mundo, segundo dados também do Conselho Nacional de Justiça.

Esse imbróglio poderia ser evitado, poderíamos ter menos jovens infratores e natural diminuição do número de criminosos adultos também. O povo brasileiro grita pedindo socorro. Clama por medidas políticas honestas e sensatas, para que o dinheiro público seja bem aplicado e atenda aos interesses e necessidades da nação. As pessoas precisam ter acesso pleno à educação, saúde e emprego. Infelizmente a violência também é mais uma trágica consequência dessa maldita chaga que toma conta do país: a corrupção.

 Jeandré C. Castelon


Dócil e útil criatura




O jumento é um animal que está presente em quase todo o planeta, exceto em lugares mais frios. É famoso por sua grande capacidade de resistência física. É de porte menor, quando comparado com o cavalo, mais baixo, menos imponente. É um animal dócil, inteligente e dotado de grande senso de sobrevivência. 

Animal muito utilizado para o transporte de cargas e para tração, mas que também pode transportar pessoas. Foi e ainda é muito utilizado no Brasil, principalmente pelo povo nordestino. No Nordeste é muito respeitado, ao ponto de Luiz Gonzaga render-lhe homenagens através da canção “Apologia ao Jumento” onde eleva o quadrúpede à condição de irmão: “O jumento é nosso irmão, quer queira, quer não.”

Na história do povo da Bíblia o jumento é várias vezes citado, seja no Antigo, como no Novo Testamento, certamente por sua importância no serviço às pessoas. A palavra jumento aparece 93 vezes em todo o Texto Sagrado, enquanto o diminutivo jumentinho, 14.

De todas essas vezes em que o nome do animal é mencionado, destaco dois episódios. O primeiro, quando Sansão apanhou uma queixada de jumento, e com ela feriu mil homens em batalha (Juízes 15, 15), pouco antes de apaixonar-se por Dalila, que foi a responsável por cortar seus cabelos e entregá-lo aos filisteus. O segundo, quando Jesus entrou triunfante em Jerusalém, conforme relatam os quatro Evangelhos, no Domingo antes de sua Paixão, Morte e Ressurreição. Nos nossos dias, celebramos a memória deste acontecimento na Festa do Domingo de Ramos.

O jumento é o animal símbolo da paz. Certamente se tivesse Jesus ingressado em Jerusalém montado num cavalo, animal utilizado em batalhas, o povo compreenderia como sinal da chegada de um Messias guerreiro, que com o uso da violência libertaria o povo judeu. Quando ao contrário, Jesus foi o servo sofredor, que sobre si tomou toda a nossa culpa (Isaias 53).

Lucas (19, 30-38) relata que sobre o jumentinho montado por Jesus foram colocados mantos, assim como por onde o jumento passava igualmente mantos foram lançados pelo caminho. O povo todo tomado de alegria, louvava a Deus e aclamava por todo o percurso. João (12, 13) acrescenta que a multidão acenava com ramos de palmas.

Era o jumento que caminhava coberto pelo manto. Foi ele que pisou no caminho feito com mantos e ramos (Marcos 11,8). Por onde passava o povo acenava com os galhos. Mas nada disso era para o dócil animal. Tudo era para Jesus.

Assim também nós, revestidos pela graça de Deus, caminhando sustentados por sua fidelidade, não devemos nos esquecer de agir como o jumentinho, que com a cabeça voltada para baixo (num gesto de humildade), transportou Jesus ao encontro de outras pessoas. Sem se apropriar da gloria e da honra que são de Cristo, foi útil ao Senhor. Que bom seria se cada cristão também fosse instrumento capaz de apresentar  Jesus aos seus irmãos.
   

Jeandré C. Castelon


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