quinta-feira, 9 de abril de 2015

Em perfeita companhia


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Numa noite dessas, minha esposa e eu lemos o trecho da Bíblia que descreve a criação da mulher (Gênesis 2,18-24). Não há, obviamente, como determinar se o relato da criação tenha sido literalmente da maneira como ali escrito. A Bíblia não é um livro comum de história como com os quais estudamos na escola, é um livro de religião. E o mais importante, é a mensagem e a forma como nosso coração reage quando é tocado pela transformadora Palavra.

O Texto Sagrado conta que primeiro Deus fez o homem e após todas as outras criaturas. Mas percebeu que o varão não encontrava companhia adequada, em meio a toda a criação. O homem foi tomado de um profundo sono, mandado por Deus, que, retirou-lhe uma costela, e a partir dela fez a mulher.

Quando o homem vislumbrou a mulher, sem sobra de dúvidas, ficou extremamente feliz, afinal era “osso de seus ossos e a carne de sua carne”. Ou seja, era semelhante a ele, embora repleta de inefáveis diferenças.

Homens e mulheres não são de forma alguma iguais. Eu não seria capaz de asseverar tamanho disparate. Quando na realidade são seres muito diferentes. Exceto perante a sociedade civil, quando devem fruir dos mesmos direitos, oportunidades e obrigações.

Sublime é saber que tudo que o homem não tem é suprido pela mulher, e da mesma forma a mulher se completa com o homem. Não falo só de distinções físicas, mas de toda uma perfeita gama de disparidades tão heterogêneas, que somente pela mão do Criador poderiam ter sido feitas.

No mesmo fragmento do texto, revela-se a instituição do casamento: “Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.”

Assim, esses dois seres até então incompletos, após a união conjugal, suprem-se um ao outro, preenchendo as carências e debilidades da cada um (ou pelo menos assim deveria ser), pois agora unidos, são intensos e inexcedíveis.

Tenho certeza, se com minha esposa somos apenas um, a minha melhor parte é ela. E, quando terminamos a leitura daqueles parágrafos do Gênesis, agradeci a Deus, por ter-me dado tão irretocável companheira.       

Concluo parafraseando Matthew Henry (1662-1714), relevante escritor, que assim se referiu sobre a criação de Eva: "não foi feita a partir da cabeça do homem, para não ter domínio sobre ele, nem foi feita de seus pés, para que não fosse pisada por ele, mas, do seu lado, para ser de igual valor a ele, debaixo de seus braços, para ser protegida e perto de seu coração, para ser amada".


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