sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Triste e alarmante realidade


Em sua maioria, os estupros são cometidos por parentes, amigos da família ou conhecidos da vítima, representando cerca de 70% dos casos. Ironicamente, sob igual cifra, crianças e adolescentes representam 70% das vítimas desse crime hediondo. Especialistas apontam que: “as consequências, em termos psicológicos, para esses garotos e garotas são devastadoras, uma vez que o processo de formação da autoestima - que se dá exatamente nessa fase - estará comprometido, ocasionando inúmeras vicissitudes nos relacionamentos sociais desses indivíduos”. Tudo isso, segundo dados do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Os efeitos desta violenta agressão quando praticada contra vítimas do sexo feminino (89% das ocorrências), não raras vezes culmina com uma gravidez, que pode ser interrompida através de um aborto legal/descriminalizado, custeado pelo SUS.

As campanhas pró-aborto têm se tornado cada vez mais contundentes, para todo e qualquer situação onde a gestante opte por interromper a “indesejada” gravidez, principalmente durante as primeiras semanas de gestação, com as despesas médicas pagas pelo governo.

A impressão que tenho é que atacam a “consequência” e nada ou muito pouco é feito para combater a “causa”. Descriminalizar totalmente o aborto não irá diminuir o número de estupros, talvez até contribua para o alívio da doentia consciência do agressor.

É baixo o número de casos de violência sexual que chegam ao conhecimento das autoridades e ainda menor quando a vítima é do sexo masculino. O constrangimento da vítima é inegável, principalmente porque em muitas situações é tratada pela sociedade como se fosse corresponsável pela violência que sofreu.

O aborto não é a solução para o combate à violência sexual. Não se corrige um crime punindo outro inocente, neste caso o bebê. É preciso que as vítimas sejam tratadas com total amparo psicológico e principalmente de forma digna e respeitosa. É preciso que parentes não protejam o agressor, que como dito, muitas vezes pertence ao âmbito familiar. É preciso que se invista em segurança, em educação, e até mesmo que se resgate valores familiares. A família tradicional é constantemente bombardeada como se fosse uma ferida que precisasse ser urgentemente cauterizada. Muitos não se dão conta de que uma família bem estruturada, amorosa e com valores sólidos, contribuirá de forma positiva em todos os seguimentos da sociedade.  

Para concluir, relato o caso real de uma moça, que depois de muitos anos sendo abusada pelo próprio pai, relatou-me que com a ajuda de um parente denunciou ser vítima de estupro, mas precisou sair de casa, porque sua mãe queria que a mesma dissesse às autoridades que tudo não passava de “um mal-entendido”, para que pudessem “ser uma família de novo”, como se isso apagasse todos os traumas físicos e psicológicos causados pelo pai-estuprador. A mãe sabia de tudo, mas nunca fez nada pela filha. Não sei como foi o desfecho deste triste liame. Quanto a referida moça, nunca mais eu a vi.

Jeandré C. Castelon
Advogado, pós-graduado em Cultura Teológica e membro da Pastoral Familiar

Imagem: goo.gl/4V5VB8

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Algumas citações da Santa Madre Teresa de Calcutá



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Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)


Se você não puder alimentar cem pessoas, alimente pelo menos uma.
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Não podemos mostrar a Cristo nosso amor, porque não podemos vê-Lo. Mas diariamente encontramos nossos vizinhos - podemos fazer por eles o que gostaríamos de fazer por Cristo.
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O amor, para ser verdadeiro, tem de doer. Não basta dar o supérfluo a quem necessita, é preciso dar até que isso nos machuque.
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Dê ao mundo o melhor de você. Mas isso pode não ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo. Veja você que, no final das contas, é tudo entre VOCÊ e DEUS. Nunca foi entre você e os outros.
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Quando uma mãe pode matar seu próprio bebê, o que resta da civilização para ser salvo?
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Um país que aceita o aborto não está a ensinar os seus cidadãos a amar, mas a usar a violência para obterem o que querem. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto.
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As pessoas boas merecem nosso amor; as pessoas ruins, precisam dele...
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A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.
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Meu segredo é simples; eu rezo!
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Se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como é que nós podemos dizer às outras pessoas para não se matarem?
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A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.
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Deus não me chamou para fazer sucesso, mas pare ser fiel.
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A nossa vida, para que seja rica em frutos, deve encher-se de Cristo; para poder comunicar paz, alegria e amor, devemos tê-los dentro de nós, porque ninguém dá o que não tem.
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As pessoas mais felizes nem sempre têm o melhor de tudo. Somente, tiram o melhor de tudo o que encontram em seu caminho.
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Seja fiel nas pequenas coisas porque é nelas que mora a sua força.
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Eis porque o aborto é um pecado tão grave: não somente se mata a vida, mas nos colocamos acima de Deus; os homens decidem quem deve viver e quem deve morrer.
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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Cada passo é importante



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           Para que tenhamos a vida transformada é preciso que nos esforcemos para isso, mesmo que os esforços pareçam inúteis diante de tantas dificuldades que podem vir a suceder. Não devemos desanimar, continuemos caminhando.

“Lembremo-nos de que um pequeno passo, no meio de grandes limitações humanas, pode ser mais agradável a Deus do que a vida extremamente correta de quem transcorre os seus dias sem enfrentar sérias dificuldades” (Papa Francisco - AL 305).

Por maior que seja a dificuldade que tenhamos de enfrentar, cada passo dado para vencê-la, por menor que seja, impulsiona-nos para um novo recomeço.

Não existe pessoa perfeita. Quando muito, há aqueles que se reconhecem limitados, mas mesmo assim não desistem de lutar. Todo passo dado para fora da lama é um passo a mais em direção à terra firme.

Nem todos os dias serão de vitória, nem todos os dias serão especialmente alegres. Para que a felicidade seja plena, os obstáculos deverão ser superados. Não nos esqueçamos de que todo o pequeno passo é importante, não há razão para desistirmos, Deus está conosco.


Jeandré C. Castelon
Advogado, pós-graduado em Cultura Teológica e membro da Pastoral Familiar


Imagem: goo.gl/fq6XQf

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A família na Bíblia


O Papa Francisco destaca no capítulo I da Exortação Apostólica “Amoris laetitia”, que a Bíblia fala de família do início ao fim, desde Adão e Eva, até as núpcias da Esposa e do Cordeiro. O Salmo 127(128), canta a alegria de uma família que constrói sua casa sobre a rocha, embora haja muitas que estão firmadas sobre a areia.

A partir da Bíblia o Papa tece comentários sobre a figura do homem e da mulher, criados por Deus, à sua imagem, unidos numa só carne, capazes de gerar vida. Esta comunhão de pessoas reflete a imagem da união entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

O Papa cita inúmeros episódios bíblicos de sofrimento, que prejudicam a vida da família, traçando um paralelo com as realidades atuais.

Francisco diz que: "... a Palavra de Deus não se apresenta como uma sequência de teses abstratas, mas como uma companheira de viagem, mesmo para as famílias que estão em crise ou imersas nalguma tribulação, mostrando-lhes a meta do cominho, ...“ (AL 22).

"A família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito" (AL 29).

Jeandré C. Castelon
Advogado, pós-graduado em Cultura Teológica e membro da Pastoral Familiar



quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Como uma criança

Na época de Jesus as crianças não tinham qualquer importância social. O menino ao completar 13 anos se torna “filho do mandamento” (Bar Mitzvah), e é considerado um homem a partir de então; na Sinagoga, pela primeira vez fará a leitura das Sagradas Escrituras. A menina atinge sua maturidade aos 12 anos de idade (Bat Mitzvah: “filha do mandamento”). Antes desta idade, os pais são os responsáveis pelos atos de seus filhos.

Durante os primeiros cinco anos de vida a criança ficava com a sua mãe, e a acompanhava durante todo o dia e em todos os afazeres. Depois dos 5 anos o menino passava aos cuidados do pai, que deveria educá-lo na fé e para o trabalho, transmitindo o seu oficio. As meninas permaneciam acompanhando a mãe, aprimorando a prática das atividades que lhes correspondiam na época. Ente os 7 e 13 anos o menino frequentava a escola da sinagoga. Não eram todos os que tinham acesso a uma formação posterior mais avançada, assim como teve Paulo, que frequentou a escola farisaica de Gamaliel (Atos 22,3).  Às meninas não era permitido o estudo formal.

O Livro dos Provérbios cita em algumas de suas passagens a importância do filho honrar seus pais, sendo que este dever é inclusive um dos mandamentos do Decálogo (Os Dez Mandamentos). Cita também o dever dos pais em bem educar seus filhos, como no capítulo 22, versículo 6: “educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”.

Jesus eleva as crianças a um patamar superior, conferindo-lhes especial importância, como se verifica em Mateus 19 e Lucas 18, na passagem onde diz aos discípulos para não afastarem as crianças de sua presença: “deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham”.

Identifica-se, portanto, duas condições imprescindíveis aos adultos, quais sejam, o dever dos pais de bem educar os filhos e a importância dos filhos não se tornarem autossuficientes e virem a desprezar seus pais.

Acredito que espiritualmente é importante sermos como uma criança, dependentes e entregues aos cuidados do Pai.

Jeandré C. Castelon

Advogado, pós-graduado em Cultura Teológica e membro da Pastoral Familiar


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