quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

“O sangue dos mártires é semente de novos Cristãos.”


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O título parafraseia uma sentença escrita por Tertuliano (160-220 d.C.) que faleceu quase um século antes do Cristianismo tornar-se religião tolerada pelo Império Romano em 313, pelas mãos do então Imperador Constantino (somente em 380 d.C., o Cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano).

Logo após a crucificação de Jesus Cristo, os apóstolos passaram a sofrer perseguições. Todos eles foram brutalmente martirizados, exceto São João Evangelista (que teve morte natural) e Judas Iscariotes (que depois do suicídio, foi substituído por Matias, conforme relata o Livro dos Atos dos Apóstolos – Atos 1,15-26).

Desde então milhares e milhares de Cristãos ao longo da história têm sido massacrados por defenderem a sua fé em Jesus. Recentemente 21 pessoas forma assassinadas na Líbia pelo grupo autodenominado Estado Islâmico, simplesmente pelo fato de serem Cristãos.

"O sangue de nossos irmãos Cristãos é um testemunho de fé e pouco importa que sejam católicos, ortodoxos, luteranos ou coptas: não interessa a seus perseguidores, que veem apenas que são Cristãos porque seu sangue é o mesmo, seu sangue professa Cristo", afirmou o Papa Francisco.

Também não podemos esquecer-nos das barbaridades praticadas no Continente Africano, em especial na Nigéria, onde no início de 2015, mais de 2.000 pessoas foram mortas em um dos piores ataques do Boko Haram (que na língua local significa “a educação ocidental é pecado”). Fato pouquíssimo divulgado pela imprensa, que estava mais dedicada em relatar os protestos pelos 23 jornalistas franceses vítimas do ataque terrorista contra o Jornal Charlie Hebdo  (12 mortos e 11 feridos).

Toda forma de violência deve ser combatida. Infelizmente em nossa sociedade, tem se dado muito mais valor à vida de um europeu, do que de um africano. Não se pode esquecer que ambos são seres humanos, filhos do mesmo Deus, amados e queridos por Ele.

Outros tipos de barbaridades estão acontecendo, como o seqüestro de mulheres, entregues a escravidão sexual. Infelizmente a intolerância e a perseguição religiosa não parecem estar próximas do fim.

Afortunadamente, esse tipo de violência não chegou ao Brasil, embora sejamos vítimas de tantas outras formas de abusos e agressões. Talvez não nos importemos muito com o que está acontecendo em outros continentes, já que aqui temos nossos próprios problemas. Do mesmo modo podemos sentir-nos impotentes, uma vez que não conseguimos, na maior parte das vezes, resolver nem mesmo nossas próprias dificuldades. Mas de forma alguma devemos esquecer-nos daqueles que têm dado sua vida em defesa da fé em Cristo. Pelo menos podemos lembrar-nos dos que sofrem, quando de nossas orações, sem deixar de confiar na misericórdia divina, fortalecendo a esperança em dias melhores.

Jeandré C. Castelon
Advogado e Membro da Pastoral Familiar


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