quarta-feira, 28 de junho de 2017

Alimento para os mais pobres



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Acredito que, mais do que um dever como cidadão, o cuidado para com os mais pobres é um chamado de Deus dirigido a todas as pessoas que possuem condições econômicas, suficientes para a manutenção de sua família e para praticar obras de caridade. Trago sempre na memória um trecho da Carta de Tiago, onde no segundo capítulo, o hagiógrafo declara que a fé sem obras é morta.

“De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras (Tg 2, 14-18).

Dito isso e tomando como base o texto bíblico, é de suma importância que aqueles que possuam alguma coisa, dividam como aquelas que nada têm, mesmo que seja pouco, certamente será suficiente para amenizar, ainda que momentaneamente, uma situação de penúria. É claro que se possível devemos promover os meios necessários para que o indigente melhore sua condição e tenha meios próprios para promover o seu sustento; contudo, “muitas vezes se você não der o peixe ao pobre, ele morrerá de fome muito antes de aprender a pescar”.

Segundo relatórios da ONU, uma pessoa morre no mundo a cada três segundos por causa da fome, o que equivale a 20 pessoas por minuto, 1.200 pessoas por hora e 28.800 pessoas por dia perecendo por falta de alimento. Em contrapartida, estima-se que 1/3 dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado.

Precisamos partilhar e acabar com o desperdício, fazer chegar o alimento ao faminto. Mesmo que pareça pouco o que podemos fazer, a longo prazo, progressivamente, o resultado será expressivo. É imprescindível toda e qualquer ação de boa-fé em prol dos mais necessitados.

A caridade é mais gratificante para quem a pratica do que para quem a recebe. Infelizmente o ser humano de maneira geral é pouco generoso, inclusive eu. Não é fácil superarmos as barreiras do egoísmo e da falta de caridade, se assim fosse, não haveria fome no mundo. Partilhar é dom de Deus, peçamos a Ele este dom.

“Se deres do teu pão ao faminto, se alimentares os pobres, tua luz levantar-se-á na escuridão, e tua noite resplandecerá como o dia pleno” (Isaías, 58, 10).  


Jeandré C. Castelon
Advogado, pós-graduado em Cultura Teológica e membro da Pastoral Familiar

Imagem: https://ecodebate.com.br/foto/37.jpg



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