quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A verdadeira Maria




A revista Super Interessante de Janeiro deste ano que estava nas bancas das grandes cidades já antes do Natal, teve como matéria principal a figura de Maria, mãe de Jesus. Na capa está o título: “A verdadeira Maria”.

Na realidade, excetuando-se algumas informações histórias e geográficas, pouco acrescenta ao leitor cristão, uma vez que o texto levanta suposições especulativas sobre supostos irmãos de Jesus nascidos de Maria. Sobre “os irmãos” de Jesus já sabemos que em hebraico não havia a palavra “primo” e a palavra “irmão” é empregada para parente próximo, inclusive Ló é citado nas Escrituras como irmão de Abraão, quando na realidade é sobrinho.

A referida matéria diz que Tiago, primo de Jesus, seria um de seus irmãos. Nos Evangelhos de Mateus e Marcos vemos que havia dois apóstolos chamados pelo nome Tiago. Um deles é o filho de Zebedeu, irmão de João, apontados por Jesus como “Boanerges”, que quer dizer “filhos do trovão”. O outro Tiago é o filho de Alfeu, repito: filho de Alfeu; não de José e Maria.

Quanto a um terceiro Tiago (o Justo), conhecido nos Atos dos Apóstolos como o “irmão do Senhor”, recebeu esta denominação por ser pessoa justa e caridosa, não era parente de Jesus. A moderna exegese entende que provavelmente Tiago, o Justo (“irmão do Senhor”), teria sido o autor da Carta de Tiago, enquanto há outros que defendem, pela tradição, ser Tiago menor (por sua baixa estatura), primo de Jesus, o verdadeiro autor. É bom lembrar que é lícito questionar quem teria sido o agente humano por trás de determinado livro da Bíblia, porque sabemos que a inspiração procedeu do Espírito Santo, o legítimo autor.

Tenho a impressão que a revista desejava chamar a atenção dos cristãos, que compõe a maioria absoluta da população brasileira. Chamou-me a atenção o fato de que logo após o artigo sobre Maria, separado por poucas páginas, há uma matéria, cheia de gráficos e imagens, como números grandes, de diferentes cores, muito bem diagramada, com um leiaute muito bonito, ou seja, super produzida, defendendo a prática do aborto, o que é abominado pelos brasileiros, segundo as mais recentes pesquisas.

Sinceramente, acredito não ser uma mera coincidência: questionar a maternidade de Maria, sua imaculada virgindade, e, logo em seguida defender a prática do aborto, às vésperas Natal, quando os cristãos, defensores da vida, celebraram o nascimento de Jesus Cristo.  

Também, refuto maldoso e infundado argumento tecido por alguns, no sentido de que a Igreja caminha às cegas e não está em consonância com o que diz a ciência. Apenas para efeito de conhecimento, existem 70 membros da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano que são ganhadores do Prêmio Nobel (http://migre.me/vTW2x), sendo que a maioria já fazia parte da Academia antes de receber o prêmio.

A verdadeira Maria, criatura humana que pela graça de Deus possui incontáveis méritos, intercessora régia, é perpetuamente virgem, teve imaculada sua concepção, foi assunta ao Céu, e é a mãe de Jesus, seu único filho, que é Deus com o Pai e o Espírito Santo. Não afirmo por mim mesmo, mas amparado pelo Igreja, por seus incontáveis teólogos e Doutores que ao longo dos séculos militam em prol da defesa dos fundamentos de nossa fé. Rogai por nós santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo, amém!

Jeandré C. Castelon
Advogado, pós-graduado em Cultura Teológica, membro da Pastoral Familiar

Fonte da imagem: http://migre.me/vTWHv


Um comentário:

Celito Medeiros disse...

Mesmo sabendo que Revistas, Jornais e TVs publicam de tudo, muitas vezes sem conotações religiosas, científicas ou com o mérito da verdade, mas apenas da informação, acabam publicando matérias completamente opostas em termos de aceitação desta ou daquela linha científica, filosófica ou religiosa. Conhecer o termo Virgo Virginis não é para todos...De similar modo, outras questões das demais religiões, onde é bom respeitar para ser respeitado! Eu não conheço um Ser nascido neste Planeta mais importante que Jesus de Nazaré, criado por sua mãe e seu padrasto José, de Nazaré, na Palestina. Portanto José era Árabe e Jesus também nasceu Árabe, porém de Mãe Israelense e Judaica. Bom pensar também nas frases: Lá fora estão sua mãe e irmãos... Ou ao pé da Cruz: Mãe, aí está seu filho - indicando João, e para João: Filho, aí está sua mãe... Assim, eu sou um admirador de Jesus de Nazaré, apelidado pelo Imperador Constantino de Christus! Saber o que isto significou por parte do autor das Cruzadas Eucarísticas é outra importante passagem da história!

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