segunda-feira, 9 de maio de 2016

Pentecostes: O Nascimento da Igreja Missionária


“Consumada a obra que o Pai confiou ao Filho para cumprir na terra, no dia de Pentecostes foi enviado o Espírito Santo para que santificasse continuamente a Igreja. Foi então que a Igreja foi publicamente manifestada diante duma grande multidão e teve o seu início a difusão do Evangelho entre os gentios, por meio da pregação. Porque é convocação de todos os homens à salvação, a Igreja é, por sua própria natureza, missionária, enviada por Cristo a todas as nações, para de todas fazer discípulos. ” (CIC - §767)


No dia de Pentecostes a Santíssima Trindade revelou-Se plenamente. O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, foi derramado sobre Maria e os apóstolos reunidos no cenáculo de Jerusalém. É o começo do período apostólico. A Igreja Cristã inicia sua trajetória missionária de caráter mundial, no dia de Pentecostes, cinquenta dias após a ressurreição de Jesus, e dez dias depois de sua ascensão ao céu.

O livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, conta-nos que: “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. (...) Pedro lhes respondeu: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. ”

No Batismo recebemos o Espírito Santo, confirmado de forma mais profunda pelo Sacramento da Crisma. Deus, insondável criador de toda as coisas, também sopra o Santo Espírito quando e onde quer.

A tradição nos leva a crer que os apóstolos estavam reunidos no mesmo local da Última Ceia, onde Jesus instituiu a Eucaristia. Maria e os apóstolos estavam na casa de Marcos, autor de um dos quatro Evangelhos. Estavam em casa, estavam em família.


No cômodo superior de uma casa, reunidos no Cenáculo (ampla sala de jantar), como uma única família, surgia a Igreja, missionária pela efusão do Espírito Santo. Desde o início, pelo exemplo de Jesus Cristo, é desígnio de Deus que a Igreja esteja em movimento, que vá ao encontro das pessoas, que se propague a boa nova do Evangelho por toda a parte.


Jesus não permanecia estático, percorria a Galileia e outras regiões da Palestina, deslocava-se até mesmo para além-fronteiras. A obra missionária do Reino foi transmitida para os apóstolos, depois para os discípulos, e desde então, propagada pelo mundo.


Todo batizado é discípulo missionário, convidado a ser sal da terra e luz do mundo, convidado a fazer a diferença. Mas, para isso, como fizeram os primeiros cristãos, é necessário sair do conforto de nossas casas e ir ao encontro das pessoas que precisam de amparo. Muitas vezes não é necessário ir longe, o necessitado pode estar ao nosso lado, pode ser o nosso vizinho.


O Papa Francisco após retornar da viagem ao México, no dia 23 de fevereiro de 2016, comentando a liturgia do dia, destacou que “o Cristianismo é a religião do fazer, não do dizer”. Ou seja, é preciso ser cristão na prática, realizar boas obras, ser útil à comunidade, sem nunca deixar é claro, de acudir a própria família.


Jeandré C. Castelon
Advogado e membro da Pastoral Familiar







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