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Para os cônjuges
permanecerem casados, é preciso hoje, antes de qualquer coisa, viver de fato a
vocação do matrimônio. Não adianta ter só boa vontade. É preciso querer estar
junto da pessoa amada (e amar muito essa pessoa também), ter objetivos comuns e
crescerem juntos (humanamente e espiritualmente).
Todo mundo sabe que a
família é a menor célula da sociedade, porém a mais importante. “O futuro da
Humanidade passa pela família”, disse o saudoso e atual São João Paulo II. E
uma nova família é formada pela união de duas pessoas, homem e mulher que
deixam (na maioria dos casos) a casa de seus pais para juntos viverem num novo
lar. “Por isso, deixará o homem pai e mãe e se
unirá à sua mulher e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são
dois, mas uma só carne” (Marcos 10:7-8).
Infelizmente, inúmeros
têm sido os casos de separação. Pessoas que não se aguentam mais, que não se suportam,
que com maior facilidade e cada vez mais rápido se divorciam. Não pretendo de
forma alguma fazer apologia ao divórcio. Mas veja só, no tempo dos nossos avôs
não existia divórcio civil, ou seja, uma vez casado, casado para sempre, pelo
menos no papel. Somente em 1977 veio a lume a
Lei do Divórcio, que apesar de críticas configurou um divisor de águas (e de
pessoas), pois permitiu a dissolução do matrimônio.
Até o
ano 2010 para conseguir o divórcio perante a Justiça, era necessário estar pelo
menos 2 anos separados de fato (divórcio direto), ou primeiro, separar-se por no
mínimo 1 ano, e somente depois converter a separação em divórcio. E ainda,
mesmo para iniciar o processo de separação era necessário ter permanecido
casado por pelo menos 12 meses, ou seja, perante a Lei, ninguém com menos de 1
ano poderia iniciar o processo de dissolução do matrimônio. O espírito da Lei
era preservar a família, imaginando a possível reconciliação do casal.
Hoje em dia, nada disso
é necessário, basta decidir pela extinção do casamento, que dependendo do caso,
nem precisa ir à Justiça, no próprio Cartório de Registro Civil, os até mesmo
recém casados podem se divorciarem. Literalmente, é possível casar hoje e
divorciar amanhã.
Na contramão dessas
facilidades modernas, só mesmo tendo muita vontade de ficar junto. Essa vocação
não é um dom extraordinário. É um dom de quem decide amar a outra pessoa, de
quem opta pelo casamento, não para sua própria felicidade, mas para fazer o outro
feliz em primeiro lugar. Mas, mais do que tudo: é uma decisão!
Decide-se amar aquela determinada
pessoa pelo resto da vida, e para que dê certo, é preciso ser amado também.
Se para cada um existe
um papel, o do homem que ama sua esposa e o da mulher que ama o seu marido, sem
sobra de dúvidas é o mais extraordinário de todos. Passar anos, incontáveis e
felizes, com a mesma pessoa é certamente a mais sublime e fantástica das
vocações. E eu, quero vivê-la por todos os dias de minha vida.
Jeandré
C. Castelon
http://www.gazetatoledo.com.br/NOTICIA/13974/DIVORCIO_FACIL_INIMIGO__DA_DURADOURA_UNIAO#.VQwVSI7F_Z8
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