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Sessenta dias após o Domingo de Páscoa, na primeira quinta-feira após a exaltação ao mistério da Santíssima Trindade que acontece no domingo precedente, os católicos celebram a festa de “Corpus Christi”.
A Festa de Corpus Christi surgiu na Bélgica durante o século
XIII. Pouco tempo depois já havia se espalhado para outras partes da Europa e
logo se consolidou como festa litúrgica anual em honra à Sagrada Eucaristia,
comemorada por toda a Igreja.
Durante a celebração do Corpus Christi, carregado pelo
sacerdote, o Santíssimo Sacramento sai em procissão pelas ruas, que normalmente
são enfeitadas pela comunidade (com tapetes confeccionados com diferentes tipos de
materiais), seguido pelo povo que agradece a Deus pela
instituição da Eucaristia, onde o próprio Jesus se faz presente.
Segundo o Catecismo da
Igreja Católica (§1324), “A Eucaristia é fonte e cume de toda a vida
cristã. Os restantes sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos
e obras de apostolado, estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se
ordenam. Com efeito, na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro
espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa.”.
Ao longo dos séculos muitos foram os relatos de milagres eucarísticos,
em diversos lugares do mundo. Sem dúvida, dentre eles, o mais conhecido e
impressionante é o Milagre de Lanciano. A história narra que no século VIII,
havia um monge da cidade de Lanciano (Itália) que não acreditava na presença
real de Jesus na Eucaristia. Durante uma missa quando da consagração do pão e
do vinho, a Hóstia consagrada transformou-se em carne e o Vinho consagrado em
sangue.
Mesmo depois de
aproximadamente 1.300 anos, a carne e o sangue conservam-se como se tivessem
sido recolhidos no presente dia, com todas as características de tecidos
humanos vivos. A carne pertence ao miocárdio (coração) e o sangue pertence ao
grupo AB, que é comum entre os judeus.
Com o propósito de se verificar a autenticidade do referido milagre,
em 1970, as relíquias foram submetidas à análise científica. As investigações foram
feitas em laboratório, pelos professores Linoli e Bertelli, este último da
Universidade de Siena. Em 4 de março de 1971, os cientistas apresentaram a
seguinte conclusão: "A Carne é verdadeiramente carne. O Sangue é verdadeiro
sangue. Um e outro são carne e sangue humanos. A carne e o sangue são do mesmo
grupo sanguíneo (AB). A carne e o sangue são de uma pessoa viva. O diagrama
deste sangue corresponde a de um sangue humano que tenha sido retirado de um
corpo humano naquele dia mesmo. A Carne é constituída de tecido muscular do coração
(miocárdio). A conservação destas relíquias, deixadas em estado natural durante
séculos e expostas à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos,
permanece um fenômeno extraordinário". Cópia do documento conclusivo poderá
ser acessada no seguinte endereço: http://goo.gl/ptzuxH (em italiano).
A conclusão da ciência reforça e confirma o que os cristãos,
pela fé, já experimentavam, a presença viva de Jesus Cristo Eucarístico, cujo
sacrifício é atualizado todos os dias, em todas as partes do mundo em cada uma
das missas, e que em especial é celebrado no dia de Corpus Christi.
Jeandré C. Castelon
Milagre eucarístico de Lanciano
Nos Jornais: Gazeta de Toledo / Umuarama Ilustrado
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