É princípio Cristão que toda pessoa seja tratada com dignidade. A dignidade humana está fundamentada no fato de que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.” (Genesis 1,27).
Em nossa sociedade secularizada, a dignidade do homem é medida pelo poder que
possui. Pelo cargo que ocupa. Pela quantidade de dinheiro que tem.
Antes
se adquiria determinados bens justamente pelo conforto de poder usufruir deles.
Comprava-se um carro, por exemplo, só para poder ir de um lugar a outro, de
forma ágil e confortável. Hoje a propaganda é direcionada a impulsionar as
pessoas a comprarem coisas que não precisam para viver, fazendo-as acreditar
que quanto mais possuírem, serão mais felizes e ocuparão lugares de maior
destaque. Não basta ter um veículo, “é preciso que seja melhor e mais caro que
o do vizinho”, e que de preferência “também lhe cause inveja”.
Do
mesmo modo, infelizmente, as pessoas de forma geral, tendem a tratar melhor
quem está bem vestido, quem aparenta ter dinheiro ou ocupa cargo importante.
Esquece-se que o verdadeiro valor do ser humano não deve ser medido pelas
exterioridades. Poucos são os que se dispõe a olhar no fundo dos olhos do seu
semelhante para alcançar os valores que realmente são relevantes.
Essa
falsa concepção de dignidade marginaliza e fere gravemente os mais pobres. Que não
raras vezes acabam acreditando que são pessoas sem valor, inferiores, pelo
simples fato de não terem acesso ao luxo e ao supérfluo. Também muitos, dos menos abastados, acabam
fazendo sacrifícios enormes, passando por dificuldades financeiras, só para
terem o tênis da moda, ou o carro último tipo, que a propagando fez acreditar
que quem puder ostentá-lo será mais feliz e respeitado. Sacrifícios vazios,
para não se sentirem excluídos, para alcançarem o mesmo patamar dos demais.
Valorizar
o ser humano pelo que realmente é importante, pelo que é, e não pelo que tem.
Reconhecer sua dignidade simplesmente por ser filho de Deus. Em contrapartida,
sentir-se digno sem a necessidade de exteriorizar riqueza e poder. São
importantes desafios, autênticas metas de vida.
Não
é fácil olhar para o rico e o pobre da mesma maneira. Não é fácil olhar para o
mendigo e para o “doutor”, atribuindo-lhes o mesmo peso e a mesma medida. Assim
como não é fácil ser medido e julgado por uma sociedade de aparências, voltada
ao consumismo. Porém, não se pode esquecer que a autêntica nobreza não tem
preço. E que todos precisam reconhecer a verdadeira dignidade que se tem como
pessoa, pois cada um é à imagem de Deus.
http://www.jhoje.com.br/Paginas/20150318/opiniao.pdf
http://www.gazetatoledo.com.br/NOTICIA/14459/A_DIGNIDADE_QUE_NAO_TEM_PRECO#.VQwUwI7F_Z9
Um comentário:
AMEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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