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Acredito que, mais do que um dever como cidadão, o cuidado
para com os mais pobres é um chamado de Deus dirigido a todas as pessoas que
possuem condições econômicas, suficientes para a manutenção de sua família e
para praticar obras de caridade. Trago sempre na memória um trecho da Carta de
Tiago, onde no segundo capítulo, o hagiógrafo declara que a fé sem obras é
morta.
“De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer
que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou
a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser:
Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o
corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta
em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé
sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras (Tg 2, 14-18).
Dito isso e tomando como base o texto bíblico, é de suma
importância que aqueles que possuam alguma coisa, dividam como aquelas que nada
têm, mesmo que seja pouco, certamente será suficiente para amenizar, ainda que
momentaneamente, uma situação de penúria. É claro que se possível devemos
promover os meios necessários para que o indigente melhore sua condição e tenha
meios próprios para promover o seu sustento; contudo, “muitas vezes se você não
der o peixe ao pobre, ele morrerá de fome muito antes de aprender a pescar”.
Segundo relatórios da ONU, uma pessoa morre no mundo a cada
três segundos por causa da fome, o que equivale a 20 pessoas por minuto, 1.200
pessoas por hora e 28.800 pessoas por dia perecendo por falta de alimento. Em
contrapartida, estima-se que 1/3 dos alimentos produzidos no mundo é
desperdiçado.
Precisamos partilhar e acabar com o desperdício, fazer chegar
o alimento ao faminto. Mesmo que pareça pouco o que podemos fazer, a longo prazo,
progressivamente, o resultado será expressivo. É imprescindível toda e qualquer
ação de boa-fé em prol dos mais necessitados.
A caridade é mais gratificante para quem a pratica do que
para quem a recebe. Infelizmente o ser humano de maneira geral é pouco generoso,
inclusive eu. Não é fácil superarmos as barreiras do egoísmo e da falta de
caridade, se assim fosse, não haveria fome no mundo. Partilhar é dom de Deus,
peçamos a Ele este dom.
“Se deres do teu pão ao
faminto, se alimentares os pobres, tua luz levantar-se-á na escuridão, e tua
noite resplandecerá como o dia pleno” (Isaías, 58, 10).
Jeandré C. Castelon
Advogado, pós-graduado em Cultura Teológica e membro da
Pastoral Familiar
Imagem: https://ecodebate.com.br/foto/37.jpg |
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