São
Paulo, quando escreve a segunda Carta a Timóteo (3, 15-17), deixa evidente a
importância da leitura e reflexão dos escritos bíblicos: “E desde a infância
conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te
proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a
Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para
corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna
perfeito, capacitado para toda boa obra”.
A
diferença entre a “Bíblia católica” quando comparada com a “Bíblia protestante”
está no número de livros que compõe o Antigo Testamento, bem como, adições em
Ester e Daniel. A Bíblia protestante tem 7 livros à menos no Antigo Testamento
e textos suprimidos em Ester e Daniel.
Gostaria de dividir uma experiência
particular. Comprei uma Bíblia em uma livraria evangélica. Ela foi publicada
pela “Sociedades Bíblicas Unidas” – que tem natureza interconfessional
cooperando com diversas confissões cristãs: católica, protestante e ortodoxa –
da qual é integrante a Sociedade Bíblica do Brasil, amplamente conhecida no
meio protestante. Referida Bíblia é diferente das demais Bíblias protestantes,
pois, contém exatamente todos os mesmos livros que integram a Bíblia católica.
São os denominados livros “deuterocanômicos”, que no meio protestante comumente
são mencionados como “apócrifos” (1º Macabeus, 2º Macabeus, Judite, Sabedoria,
Eclesiástico, Tobias e Baruc). Acrescento que, o texto completo desta edição da
Bíblia é aprovado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Acredito que muita gente não sabe da
existência desta edição da Bíblia, eu mesmo demorei a saber.
O porquê de escrever sobre referida
experiência?
Respondo: para que católicos e evangélicos
encontrem cada vez mais pontos comuns. Para que discussões tolas e sem
fundamentos deixem de existir. Para mostrar a relevância dos livros
deuterocanônicos, que infelizmente muitos não têm acesso. Porque acredito que
não deveria haver distinção entre “Bíblia católica” e “Bíblia protestante”.
Jeandré
C. Castelon
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