Ser livre não é
apenas livrar-se das correntes de alguém, mas viver de uma forma que valorize e
reforce a liberdade dos outros.
Nelson
Mandela
É sabido que os judeus são acostumados desde a tenra
idade a estudar, aos 10 anos já tem decorado a Torá, os cincos primeiros livros
da bíblia: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio, após essa
primeira fase, o Rabino escolhe os que se mostram mais vocacionados, e então
esses aprofundam o estudo, e aos catorze decoram o que conhecemos como o antigo
testamento, a Bíblia Hebraica.
Em hebraico, a palavra Torá significa ensinamento,
instrução. Existe a Torá oral e a Torá escrita, que contém histórias, lições
fundamentais e 613 mitzvot[1],
além de narrar à história do povo judeu.
Ed René Kivitz em sua série Talmidim, reflexões
diárias, disponível no You Tube, série essa que depois virou um livro, explica que
esses meninos da segunda fase, nos tempos de Jesus, eram chamados Talmidim, ou
seja, seguidores, discípulos, aprendizes do Rabino.
Cada Rabino tem sua interpretação, uma visão, uma compreensão,
um entendimento da Torá, dos livros históricos, de sabedoria e todos os
profetas, essa interpretação da Torá oral e escrita, isso é chamado, o Jugo do
Rabino.
Então veio Jesus. Ora vem Jesus!!!
Inaugurando a proclamação de sua mensagem, o seu
ministério, primeiro em um ato extraordinário, ao receber o batismo das águas,
também recebe o batismo do amor.
Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento o
céu se abriu, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre
ele. Então uma voz dos céus disse:"Este
é o meu Filho amado, em quem me agrado".
Mateus 3.16,17
Jesus de Nazaré vai ao deserto para ser tentado,
após refutar todas as não tão óbvias sugestões, ordena a retirada do Maligno, e
os anjos vem e o servem. Mateus 4.10,11
O Nazareno começa a anunciar sua mensagem e escolhe
então os seus Talmidim[2],
os 12, em uma franca referência as 12 tribos.
Agora, porém o Rabino é Jesus e o seu jugo é outro, tem autoridade
messiânica, é o jugo da liberdade.
Uma liberdade pelo amor¸ essa liberdade que nos
revela nossa verdadeira identidade, a de ser amado pelo Pai, esse mesmo amor
derramado por Jesus, não se trata de sermos merecedores ou não, mas de ser
agraciados, o dom imerecido, através da ida de Jesus para a Cruz e nas suas
próprias palavras: “...eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena
unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente
me amaste." João
17.23
O que antes era um jugo insuportável e
demasiadamente pesado, com a Nova Aliança, tornou-se leve e suave.
Aqui merece uma ressalva, esse jugo de liberdade,
não se trata de uma liberdade com cinismo, mas com responsabilidade, ser
transformado por esse amor, renovados em nosso querer, como bem ensina, Paulo,
esse gênio da humanidade: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas
transforme-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de comprovar
a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Carta aos Cristãos em Roma 12.2
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
Jesus de Nazaré
João
Carlos Leme da Costa
jclemedacosta.adv@hotmail.com
Talmid
de Jesus
Junho
de 2015
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